História de Londres
Londres está localizada no sul da Inglaterra e é a capital política e econômica do Reino Unido. O centro da cidade está situado a 60 km da desembocadura do Rio Tâmisa, rio que percorre a cidade. Sua privilegiada localização no centro sudeste da Inglaterra a beneficiou, já que, durante muito tempo, foi a região mais povoada e rica do país.
Muitos acreditam que a história do país se iniciou em 58 BC quando aconteceu a primeira tentativa dos romanos de invadirem a ilha britânica. Na realidade, muitos historiadores afirmam que pelo menos mil anos antes da invasão romana, já haviam pessoas morando na ilha. Como alguns artefatos históricos comprovam como eles faziam para cultivar a terra, participar de batalhas, construir casas e templos. Um exemplo do período da Idade do Bronze é Stonehenge.
Se você tiver interesse em visitar esse patrimônio mundial da UNESCO, você irá poder reviver e admirar como as casas eram construídas há 5 mil anos atrás. Porém nesse período não temos registros escritos em papel, apenas pinturas nas paredes de cavernas, já que não haviam linguagem escritas.
Vale lembrar que também vale a pena visitar o Museu de Londres que conta toda a história da cidade divididos por períodos históricos com destaque para a Invasão Romana e o Grande Incêndio de Londres.
Fundação de Londinium, Cidade de Londres
Assim que os romanos chegaram na região, se deparam com o Rio Tâmisa e decidiram que ali seria um bom local para criar uma nova cidade tendo em vista que o rio era largo, profundo e com acesso ao mar. Neste período a cidade era apenas um vilarejo e uma região pantanosa e somente após a conquista romana a cidade de Londinium foi fundada.
O domínio romano se estendeu desde o século I d.C. até o século V, quando o Império caiu depois de mais de 350 anos na ilha. No século III, a cidade de Londinium realizava muitas transações em seu porto, essa região era um importante núcleo de população, concentrando cerca de 50.000 habitantes vivendo no local.
A cidade foi parcialmente destruída, arruinada pelas invasões anglo-saxãs e abandonada por um período no século V. Justamente por isso a Cidade de Winchester se tornou a capital do pequeno reino Essex e foi sede episcopal.
ATENÇÃO: Para saber mais sobre esse período, recomendamos assistir aos filmes e séries que contam a história em ordem cronológica do país. Leia aqui nosso artigo.
Embora no século IX tenha sofrido incursões escandinavas (vikings), a implantação de colonos dinamarqueses na região trouxe o espírito de comércio, o que transformou a cidade no primeiro centro urbano do país. Suas riquezas atraíram tantas pessoas incluindo os reis escandinavos e dinamarqueses que assediavam a cidade e a obrigavam a população pagar altos tributos. Neste período tivemos até mesmo um rei escandinavo chamado Rei Canute (1016-1035).
Em 1066 o Rei William o Conquistador, invadiu a ilha e derrotou os exércitos anglo-saxões e se tornou o Primeiro Rei da Inglaterra. Desta época data a Torre de Londres, que serviu como palácio, prisão e arsenal para o rei e seu exército.
Em 1191, foi criado o cargo de Lorde Prefeito de Londres esse cargo funciona até os dias de hoje e em 1215 Londres obteve o privilégio de escolher o seu prefeito.
Durante um longo período, a Inglaterra não teve uma capital fixa. A partir do século XVIII, o bairro de Westminster situado próximo ao Big Ben tornou-se uma das principais sedes do governo. Além disso, com o aumento do comércio europeu serviu como outro estímulo para tornar Londres a capital do reino.
Londres em Expansão
Durante o século XIV, o porto de Londres se tornou o maior centro de distribuição de mercadorias do país. Essa atividade foi reforçada no século XV por uma poderosa indústria têxtil. Desde o século XVI e até meados do século XVIII, Londres se beneficiou da centralização política e da expansão do comércio marítimo realizada pela dinastia Tudor (1485-1603) e mantida pelos Stuarts (1603-1714). Durante o reinado de Henrique III, a cidade já possuía cerca de 100.00 habitantes e em meados do século XVII já eram mais de 500.000 habitantes.
Em 1665, embora já houvesse planos de urbanismo e de revitalização da cidade já tivessem começado, a maior parte da cidade ainda estava fechada dentro da antiga muralha, o que provocou uma grave epidemia de Peste Bubônica. Este evento sozinho causou a morte de mais de 70.000 vítimas. Atualmente a região de London City.
No ano seguinte, 1666, um gigantesco incêndio destruiu 80% da cidade. Esse grande incêndio é conhecido por O Grande Incêndio de Londres.
A reconstrução da cidade foi feita pelo do arquiteto Christopher Wren que buscava embelezar a cidade de Londres de uma maneira mais moderna, levando em conta as necessidades urbanísticas, e criação de obras-primas com destaque para a Catedral de São Paulo.
Dessa maneira a cidade se tornou o centro da vida social inglesa, com os seus palácios e enormes e luxuosos salões para festas, teatros e museus. Temos como destaque o Museu Britânico que foi fundado em 1753. Outro criação inovadora foi a criação de novas sociedades culturais (Royal and High Society, 1662) e a fundação do Banco da Inglaterra em 1694.
Período Vitoriano em Londres 1837- 1901
Grande parte dos monumentos e atrações turísticas de Londres pertencem à época vitoriana, como por exemplo o Palácio de Buckingham, Tower Bridge e a criação do transporte público da cidade, Londres foi a primeira capital do mundo a ter metrô e possuía uma extensa malha ferroviária. Até princípios do século XIX, a capital estava reduzida aos limites da cidade romana originária, com Westminster e Mayfair, rodeada de campos.
Com o início da da Revolução Industrial (1760-1850) a cidade atraiu um crescente número de pessoas que encheram esses espaços verdes. Essa rápida expansão provocou graves problemas, como a Epidemia de Cólera de 1832, ou o “Grande Fedor”, em 1858, causado pelo mau cheiro do Tâmisa que obrigou a suspender sessões parlamentares.
Em 1750 a população passou de 700.000 habitantes a mais de 4.500.000 em 1901 (6.600.000 contando as zonas suburbanas). Todos esses problemas foram solucionados por engenheiros da época vitoriana.
No final do século XIX, Londres havia se tornado a capital das finanças e do comércio de renome internacional.
Devido ao aumento na demanda de solucionar as necessidades administrativas, em 1888 uma nova unidade territorial autônoma foi criada no condado de Londres, governado pelo “London County Council”. Esse condado foi dividido em 29 zonas eleitorais (a cidade e 28 burgos metropolitanos), mas a expansão progressiva transbordou rapidamente para fora dos limites do condado.
Depois de um período estacionário, a população da capital começou a diminuir devido à Primeira Guerra Mundial e chegou a ficar por baixo dos 3.500.000 de habitantes até 1950. Como contrapartida, a área suburbana cresceu de forma exponencial e em 1963, houve uma nova divisão da aglomeração antiga, que incluía o centro antigo e 32 burgos metropolitanos.
Atualmente 33 distritos formam a cidade de Londres. Vamos ver quais são os mais importantes.
The London City
Embora seu nome completo seja City of London, esse distrito é conhecido como a City. É o distrito financeiro de Londres, sede da Bolsa de Valores, do Banco da Inglaterra, com uma intensa atividade durante o dia especialmente durante o horário do expediente.
Ocupa o local originário do assentamento romano. Depois do grande incêndio de 1666, que destruiu a maior parte da primitiva City, Christopher Wren supervisionou a reconstrução de 52 igrejas da zona que ainda permanecem em pé até os dias de hoje.
No século XIX era um dos bairros residenciais mais disputados, mas hoje em dia pouca gente mora nessa zona. Na City é possível ver modernos edifícios de escritórios misturados a diversos bancos, contrastando o estilo vitoriano e moderno.
As visitas mais importantes da zona são a Catedral de São Paulo, a Torre de Londres, o Sky Garden e a Tower Bridge.
Westminster
Westminster é o coração político e cerimonial de Londres. Abrigando o Palácio de Buckingham, as Casas do Parlamento e a Abadia de Westminster, este distrito é um dos mais visitados da cidade.
Destaques:
- Atrações: Palácio de Buckingham, Casas do Parlamento, Abadia de Westminster, St. James's Park, Piccadilly Circus.
- Vida noturna: West End, Soho.
- Compras: Oxford Street, Regent Street.
- Transporte: Excelente rede de metrô e ônibus.
- Curiosidades: O 10 Downing Street, residência oficial do Primeiro-Ministro, está localizado em Westminster.
Kensington e Chelsea:
Kensington e Chelsea são dois bairros residenciais super elegantes em Londres. Eles são mundialmente conhecidos por suas ruas sofisticadas, museus de renome mundial, local onde moram muitas celebridades e belos parques. É uma perfeita combinação de charme histórico e luxo moderno.
Destaques:
- Victoria & Albert Museum: Uma vasta coleção de arte, design e performance de todos os locais do mundo.
- Museu de História Natural: Explore as maravilhas do mundo natural, desde dinossauros até criaturas do fundo do mar.
- Museu de Ciências: Descubra a história da ciência e tecnologia, desde as primeiras invenções até a exploração espacial.
- Royal Albert Hall: Uma famosa sala de concertos que recebe uma variedade de apresentações.
- Serpentine Gallery: Uma galeria de arte contemporânea focada em artistas emergentes.
Compras e Comércio
- Knightsbridge: Lar da Harrods, uma das lojas de departamentos mais famosas do mundo, e outras marcas de luxo.
- King's Road: Uma rua histórica com uma mistura de boutiques de alta-costura, lojas vintage e cafés modernos.
- Chelsea Design Quarter: Um centro para design de interiores e artigos para casa.
Espaços Verdes
- Hyde Park: Um dos maiores e mais famosos parques de Londres, oferece passeios de barco, ciclismo e concertos ao ar livre.
- Kensington Gardens: Um belo parque real com paisagens deslumbrantes e edifícios históricos.
- Holland Park: Um oásis de paz com jardins japoneses, uma reserva de vida selvagem e um encantador teatro.
Transporte:
O borough está bem conectado pelo metrô de Londres, com estações como South Kensington, Knightsbridge e Sloane Square.
Greenwich e Canary Wharf
Greenwich e Canary Wharf são dois distritos de Londres que, embora geograficamente próximos, oferecem experiências completamente diferentes. Ambos possuem atrações únicas e valem a pena serem explorados, cada um com seu próprio charme.
Greenwich:
Greenwich é um distrito histórico com uma rica herança marítima. É mundialmente famoso por ser o local onde o Meridiano de Greenwich, a linha de longitude zero, corta a Terra.
- Observatório Real de Greenwich: Um dos observatórios astronômicos mais antigos e importantes do mundo.
- Cutty Sark: Um dos últimos clippers sobreviventes, um tipo de navio rápido utilizado no século XIX.
- Parque de Greenwich: Um extenso parque com vista panorâmica da cidade e do Rio Tâmisa.
- National Maritime Museum: Um museu dedicado à história marítima da Grã-Bretanha.
- Atmosfera: Greenwich possui uma atmosfera mais tradicional e tranquila, com ruas de paralelepípedos, pubs históricos e mercados locais.
Canary Wharf
Canary Wharf é onde está localizado o centro financeiro moderno do país, com arranha-céus imponentes e uma atmosfera vibrante. É um dos maiores centros financeiros da Europa.
- Arranha-céus: Diversos edifícios altos oferecem vistas panorâmicas da cidade.
- Canada Place: Uma praça pública com fontes e áreas verdes, ideal para relaxar.
- Museu de Londres Docklands: Um museu que conta a história da área do cais de Londres.
- Atmosfera: Canary Wharf é um distrito mais moderno e cosmopolita, com uma grande variedade de restaurantes, bares e lojas.
Como chegar e se locomover
- Transporte: Ambos os distritos são bem servidos por transporte público. A Docklands Light Railway (DLR) é a forma mais rápida de chegar a Canary Wharf e Greenwich a partir do centro de Londres.
- Do centro de Londres: A viagem de DLR para Canary Wharf leva cerca de 20 minutos, enquanto para Greenwich leva cerca de 30 minutos.