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Tudo começou no bairro de Whitechapel, um bairro pobre no East End da Inglaterra durante o período vitoriano (1837-1901), nessa época o bairro era ocupado por milhares de habitantes que não tinham suas próprias casas e a maioria dessas pessoas viviam em casas compartilhadas chamadas de cortiço.
Vale lembrar que muitas vezes tinham mais de 40 pessoas dividindo um ambiente pequeno e dormindo de forma alternada para fazer caber todas essas pessoas dentro do mesmo ambiente. Justamente para evitar passar as noites nas ruas perigosas do bairro.
Muitas mulheres assim como as vitimas de Jack o Estripador eram obrigadas a recorrer à prostituição para sobreviver e pagar suas despesas.
Infelizmente esse era o futuro de muitas mulheres que por ventura ficavam viúvas, fossem abandonadas ou separadas de seus maridos.
Em 1888 estimava-se que havia cerca de 1200 prostitutas trabalhando nas ruas de Whitechapel e estima-se que a mais nova tinha apenas 06 anos de idade. Um fato completamente impensável nos dias de hoje, não é mesmo?!
Durante esse período muitos crimes aconteciam diariamente na região mas foram considerados como crimes comuns: roubo, furto, brigas, mortes. Nada que se comparasse com os crimes cometidos por Jack o Estripador.
O que você vai ver aqui
VÍTIMA 1: Mary Ann Nichols
O primeiro crime aconteceu na madrugada de 31/08/1888 e sua primeira vítima se chamava Mary Ann Nichols. Ela nasceu como Mary Ann Walker em 26 de agosto de 1845 em Dawes Court, perto da Fleet Street.
Se casou aos 22 anos de idade e passou a ser chamada de Mary Ann Nichols. Se separou do seu marido em 1881, tinha 5 filhos com ele e o filho mais velho após a separação foi morar com seu pai Edward Walker.
Ela era conhecida nas ruas como Polly Nichols e na época de sua morte ela tinha 44 anos, 157 cm de altura, olhos castanhos, pele escura, cabelo castanho ficando grisalho.
Após a separação, ela morou em muitos lugares diferentes, o último endereço registrado era um cortiço onde ela pagava 4 centavos por noite em um quarto dividido com outras 4 mulheres, entre elas Emily Holland.
Vale destacar que esse cortiço se chamava Wilmott’’ Lodging House localizado em 18 Thrown Street – Spitalfields.
o dia do crime
Emily Holland foi a última pessoa a ver a vítima com vida, por volta das 2:30 am do dia 31/08/1888 e relatou a polícia sua última conversa com Polly. Polly disse à Emily que já havia trabalhado 3 vezes naquela noite mas que havia gastado o dinheiro que ganhou com bebida (gin)por isso ela decidiu que iria trabalhar mais uma vez para pagar pela estadia no cortiço e que já voltaria para casa. Essa conversa durou em torno de 7 minutos.
O policial John Neil estava patrulhando Buck ‘s Row, uma rua sombria em Whitechapel, pelo que deve ter sido a enésima vez na noite úmida e sombria de 31 de agosto de 1888 quando se deparou com uma mulher deitada de costas no chão.
Após uma breve inspeção mais próxima à luz de sua lanterna, ele descobriu que a garganta da mulher havia sido cortada. O policial Neil então chamou um outro policial que estava passando no final da rua e foi rapidamente acompanhado pelo policial Thain.
Logo depois, o Dr. Rees Llewellyn chegou à cena do crime. Ele fez um exame superficial do corpo, confirmando que a mulher estava morta. Ele também mencionou que ela havia morrido apenas meia hora antes de ser descoberta e que acreditava que ela havia sido morta no local.
Nesta noite sombria, começou uma cadeia de eventos que mudaria o East End de Londres para sempre e concentraria a atenção do mundo nesta parte mais conturbada da capital.
O estado do corpo de Mary Ann Nichols
O corpo de Polly foi encontrado às 3:40.
Após uma rápida perícia, foi verificado que faltavam cinco dentes e havia uma ligeira laceração na língua da vítima. Haviam muitos hematomas que sugeriam que a vítima havia sido estrangulada, havia também um corte de 10cm no pescoço que ia até a parte inferior da orelha.
Essa incisão cortou completamente todos os tecidos até as vértebras, incluindo os grandes vasos do pescoço de ambos os lados foram cortados.
Não havia ferimentos entre os seios e a parte superior do abdômen. Já na parte inferior havia cortes e ferimentos muito profundos e os tecidos foram cortados com várias incisões em todo o abdômen. Havia outros três ou quatro cortes semelhantes descendo pelo lado direito da vítima e todos esses ferimentos foram causados por uma faca.
A arma do crime das vítimas do Jack o estripador
Os cortes devem ter sido causados por uma lâmina longa faca, moderadamente afiada e usada com grande violência. A arma do crime foi usada com violência e agressividade de maneira descendo pelo corpo da vítima, os ferimentos se iniciaram da esquerda para a direita e podem ter sido causados por uma pessoa canhota.
O responsável por assinar o documento da autópsia de Polly Nichols foi o inspetor Joseph Helson assinado as às 6h45h daquele mesmo dia.
O enterro e endereço do cemitério
Mary Ann “Polly” Nichols foi enterrada na quinta-feira, dia 6 de setembro de 1888.
Naquela tarde, o corpo de Polly foi sepultado no cemitério de Manor Park localizado na Sebert Road – Forest Gate, Londres – E12, em um túmulo (público) 210752 (na orla do atual Memorial Garden).
As despesas do funeral foram pagas por Edward Walker (pai de Polly), William Nichols (ex-marido de Polly) e Edward John Nichols (filho de Polly).
No final de 1996, decidiram marcar o túmulo de Polly com uma placa em homenagem à vítima pelo o acontecido.
VÍTIMA 2: Anne Eliza Smith
No dia 08/09/1888 foi o dia escolhido por Jack o Estripador para atacar sua segunda vítima. O nome dela era Anne Eliza Smith, nascida em setembro de 1841. Seus pais se chamavam George Smith e Ruth Chapman.
A segunda vítimas de Jack o estripador tinha 152 cm de altura, tinha 47 anos no momento da sua morte, pele de cor branca, olhos azuis, cabelos castanhos escuros e ondulados.
Ela casou aos 28 anos com John Chapman, tiveram 3 filhos juntos. O mais novo era aleijado e foi enviado para um local para receber tratamento especializado e a mais velha morreu aos 12 anos vítima de meningite.
Annie se separou de seu marido em 1885 e dizem que a causa do divórcio foi devido ao mau comportamento dela, que já havia sido presa algumas vezes por consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Annie recebia regularmente pensão de seu marido desde a separação até a morte dele em 1886 no valor de 10 Shillings por semana (equivale a 50 centavos hoje), além de trabalhar fazendo crochê e vendendo flores.
Desde Maio de 1888, Annie estava morando na Crossingham ‘s Lodging House localizado na 35 Dorset Street – Spitalfields.
Vale destacar que esse cortiço atendia aproximadamente 300 pessoas por dia e o responsável pelo local era Timothy Donovan.
Em meados de agosto de 1888,Annie começou a se prostituir após a morte de seu marido, pois já não recebia mais o dinheiro da pensão.
Ela estava subnutrida e sofrendo de uma doença crônica nos pulmões (tuberculose) e no tecido cerebral. Diz-se que ela estava morrendo por ter também sintomas de sífilis.
O dia do crime
01h35 do dia 08/09/1888 Annie retorna para a hospedaria e come uma batata assada. John Evans, o vigia noturno do cortiço foi enviado para cobrar o dinheiro referente ao valor da cama. Como ela não tem o dinheiro ela se encaminha para o escritório de Timothy Donovan para explicar: “Não tenho dinheiro suficiente para a minha cama”, diz ela, Tim Donovan a repreende: “Você pode encontrar dinheiro para sua bebida e não para sua cama?.” Annie sai do escritório e diz “Não importa, Tim. Em breve estarei de volta.”
Ela se encaminha para a saída do cortiço e encontra com John Evans e diz: “Não vou demorar, Brummy (seu apelido). Cuide para que Tim fique com a cama para mim.”
Sua cama regular na pensão é o número 29. John Evans a vê saindo do cortiço, entrando na rua Little Paternoster Row indo na direção de Brushfield Street e depois indo para Spitalfields Market.
5h30: Elizabeth Long vê Annie Chapman com um homem, contra a parede de madeira da Rua Hanbury 29. A testemunha tem certeza do horário já que ela ouviu o relógio da Cervejaria Black Eagle, Brick Lane, bater a meia hora assim que ela virou para a rua e passou por eles.
De acordo com a testemunha, Annie estava de costas para o mercado de Spitalfields com o rosto voltado para Elizabeth Long enquanto o homem estava de costas para a testemunha.
O corpo de Annie foi descoberto um pouco antes das 6h00 por John Davis, um morador do terceiro andar do nº 29 com sua família.
Depois de alertar os policiais de plantão James Green, James Kent e Henry Holland, ele foi prestar depoimento na Delegacia de Polícia localizada na Commercial Street antes de retornar para casa.
O estado do corpo da vítima
O Dr. George Bagster Phillips, médico responsável por fazer a perícia no corpo de Annie Chapman às 6h30 no quintal da casa em 29 Hanbury Street.
O braço esquerdo foi colocado sobre o peito esquerdo. As pernas foram puxadas para cima, os pés apoiados no chão e os joelhos voltados para fora. O rosto estava inchado e virado para o lado direito, a língua estava evidentemente muito inchada. Os dentes da frente eram perfeitos. O corpo estava terrivelmente mutilado … os membros já estavam começando a endurecer.
A garganta havia sido cortada como descrito anteriormente e as incisões na pele indicavam que haviam sido feitas do lado esquerdo do pescoço.
As estruturas musculares pareciam que havia uma tentativa de separar os ossos do pescoço. Havia várias outras mutilações no corpo da vítima, mas ele acreditava que ocorreram após a morte da mulher e ao grande vazamento de sangue da divisão do pescoço.
Não havia nenhuma evidência de que uma luta tivesse ocorrido. Ele tinha certeza de que a vítima entrou naquele quintal ainda viva.
A arma do crime
O instrumento usado nos ferimentos na garganta e no abdômen era o mesmo e ele acredita que era uma faca muito afiada ou uma lâmina fina e estreita e com pelo menos 17/20 cm de comprimento.
Ele confirmou que a arma do crime não poderia ter sido uma espada, mas que os ferimentos poderiam ter sido feitos por um instrumento médico usado para fins post-mortem.
Em 1888 os casos cirúrgicos comuns não poderiam ter tal instrumento, uma opção seria os instrumentos utilizados pelos açougueiros pois havia indícios de conhecimento da anatomia.
O enterro e o endereço do cemitério
Annie Chapman foi enterrada na sexta-feira dia 14 de setembro de 1888.
Às 9h, o carro fúnebre levou o corpo de Annie para o cemitério de Manor Park, Sebert Road, Forest Gate – Londres, E12, onde ela foi enterrada no túmulo (público) 78, quadrado 148.
Os parentes de Annie, que pagaram o funeral, encontraram com o carro fúnebre no cemitério e a pedido da família mantiveram o funeral em segredo e foram os únicos a comparecer.
O túmulo de Annie Chapman já não existe mais, mas a placa em sua homenagem ainda está lá no Cemitério Manor Park.
VÍTIMA 3: Elizabeth Stride
Elizabeth Stride, também conhecida como ‘Long Liz’, nasceu como Elisabeth Gustafsdotter em 27 de novembro de 1843 em uma fazenda chamada Stora Tumleh na paróquia de Torslanda, ao norte de Gotemburgo, Suécia.
Na época de sua morte, ela tinha 45 anos, pele clara, olhos cinza claro e cabelo castanho escuro cacheado, 165cm de altura. Ela chegou em Londres em 10 de Julho de 1886 acompanhada de um cliente, pois ela já ganhava a vida como prostituta na Suécia e após essa data resolveu permanecer em Londres.
Em 7 de março de 1869 ela se casou com John Stride na igreja paroquial, St. Giles in the Fields. Elizabeth Stride forneceu o endereço como 67 Gower Street como sendo o endereço de sua casa.
Logo após o casamento, John Stride e Elizabeth Stride estão morando na East India Dock Road, em Poplar, e juntos eles possuíam uma cafeteria na Chrisp Street, também no bairro de Poplar.
Muitas pessoas a descreviam da mesma forma: uma mulher quieta que faria “uma boa ação para qualquer um”. No entanto, ela frequentemente comparecia perante o Tribunal de Magistrados do Tamisa sob a acusação de estar bêbada e provocar desordem, algumas vezes com linguagem obscena.
Durante os 20 meses anteriores à sua morte, ela compareceu 8 vezes perante o Magistrado sob acusações semelhantes.
O dia do crime
Sábado dia 29 de setembro de 1888 algumas horas antes do assassinato, o clima não estava propenso para ficar na rua com muito vento e chuva durante toda a noite. Elizabeth passou a tarde limpando dois quartos do cortiço e por seu trabalho recebeu 6 centavos pagos por Elizabeth Tanner, responsável pelo cortiço.
Por volta das 18h30, Elizabeth Tanner a vê novamente no Queen ‘s Head Public House, as duas beberam juntas e em seguida voltaram para o cortiço.
Às 23h dois trabalhadores, J. Best e John Gardner, estavam entrando no Bricklayer ‘s Arms Public House na rua Settles, ao norte da Commercial Road e quase em frente à Berner Street. Quando eles entraram eles notaram que Elizabeth Stride estava saindo acompanhada de um homem baixo com um bigode escuro e cílios cor de areia. O homem usava um chapéu billycock, terno de luto e casaco.
12h35: O policial William Smith vê Elizabeth Stride com um homem na Berner Street, em frente ao International Working Men’s Educational Club. O homem é descrito como tendo 28 anos de idade, casaco escuro e chapéu de feltro. Ele está carregando um pacote de aproximadamente 6 polegadas de altura e 18 polegadas de comprimento, o pacote está embrulhado em jornal.
1h00: Louis Diemschutz, um vendedor de jóias, entrou no Dutfield’s Yard dirigindo sua carroça puxada por um pônei. Imediatamente na entrada, seu pônei recuou e se recusou a prosseguir -suspeitou que algo estava no caminho, mas não conseguiu ver, pois o pátio estava totalmente escuro.
Ele sondou para a frente com seu chicote e entrou em contato com um corpo, que inicialmente acreditou que a pessoa estaria bêbada ou dormindo. Ao se aproximar ele notou que ela estava morta e que ela estava com a garganta cortada.
O Dr. Frederick Blackwell, morador da Commercial Road, foi chamado ao local e declarou que às 1h16 Elizabeth Stride morreu no local.
O estado do corpo da vítima
Acreditava-se que a chegada de Diemschutz assustou o Estripador, fazendo-o fugir antes de realizar as mutilações no corpo da vitíma. O próprio Diemschutz afirmou acreditar que o Estripador ainda estava no pátio quando ele entrou, devido à temperatura quente do corpo e ao comportamento estranho de seu pônei.
O Dr. George Bagster Phillips esteve presente no local e ele também cuidou da autopsia dos assassinatos das outras duas vítimas de Jack o estripador ) também realizou a autópsia em Elizabeth Stride.
Segundo ele, havia uma incisão bem definida no pescoço. Tinha quinze centímetros de comprimento e começava cinco centímetros em linha reta abaixo do ângulo da mandíbula, meia polegada sobre um músculo não dividido e depois se tornava mais profundo, o corte era bem limpo e preciso.
O enterro e o endereço do cemitério
Elizabeth Stride foi enterrada no sábado dia 6 de outubro de 1888 no East London Cemetery Co. Ltd., Plaistow, London, E13. Sepultura 15509, quadrado 37.
O espaço e as despesas para o funeral foram pagos às custas da paróquia pelo agente funerário, Sr. Hawkes.
Atestado de óbito: nº 479, registrado em 24 de outubro de 1888 (HC 084467)
Repercursão dos crimes na sociedade:
No dia seguinte ao assassinato de Elizabeth Stride, uma multidão se formou do lado de fora da Berner Street protestando contra a continuação dos assassinatos e o trabalho aparentemente desleixado realizado pela polícia para prender o Estripador.
De agora em diante, o Estripador é o inimigo público número um, e o Home Office começou a considerar a oferta de prêmios por sua captura e prisão.
Devido à brutalidade dos crimes, a população cobrava da polícia explicações sobre o evento, sendo assim deu início a uma grande cobertura jornalística sobre os crimes e as vítimas de Jack o estripador.
Vale ressaltar que muitas pessoas queriam saber detalhes sobre os crimes por medo e com isso a população passou acreditar que era apenas em um único assassino.
Apesar das investigações não terem sido capazes de conectar as mortes anteriores e posteriores aos 5 assassinatos ocorridos em 1888, a lenda de Jack o Estripador já havia se consolidado e até mesmo hoje mais de 130 anos depois dos fatos, o nome dele ainda traz um misto de repúdio e curiosidade.
Infelizmente naquela época a polícia ainda não dispunha da tecnologia que temos disponíveis nos dias de hoje como técnicas forenses, impressões digitais, tipologia sanguínea, banco de dados de suspeitos entre tantas outras, e por isso ficou impossível saber ao certo o número de possíveis suspeitos envolvidos nos crimes.
Como surgiu o nome Jack o Estripador?
Neste período dezenas de cartas supostamente escritas pelo assassino foram enviadas à Scotland Yard, muitas delas foram consideradas fraudulentas, porém algumas cartas chamaram a atenção da polícia. Eles notaram que duas cartas foram escritas pela mesma pessoa, e davam fatos e detalhes do crime. Esses fatos eram apenas do conhecimento da polícia e do criminoso.
Essas duas cartas foram assinadas com o nome Jack o Estripador, as cartas foram publicadas em jornais que contribuíram ainda mais para tornar ainda mais popular o nome do assassino mais temido do país.
Vítima 4: Catherine Eddowes
Neste mesmo dia, como não conseguiu extirpar sua vítima, Jack O Estripador fez outra vítima chamada Kate Eddowes, sendo assim o assassino cometeu dois crimes em uma mesma noite.
Catherine Eddowes também era conhecida como Kate Kelly. Ela nasceu em 14 de abril de 1842 em Graisley Green, Wolverhampton. Na época de sua morte, ela tinha 1,50 m de altura, olhos castanhos e cabelos castanho-avermelhados.
No momento de sua morte, Catherine Eddowes sofre da doença de Bright, uma forma de uremia. Amigos falavam de Catherine como uma mulher inteligente e erudita, mas possuidora de um temperamento violento.
George Eddowes conclui seu aprendizado na Old Hall Works e se casa com Catherine Evans, uma cozinheira da hospedaria local. Os dois vão para Londres em busca de fortuna.
Em 1881, Catherine mudou-se para Cooney’s Lodging House, 55 Flower and Dean Street e conheceu John Kelly. Kelly trabalhava nos mercados, mas tinha sido mais ou menos regularmente empregada por um vendedor de frutas chamado Lander.
O dia do crime
20h: Uma policial chamado Louis Robinson, encontra Eddowes cercado por uma multidão do lado de fora da 29 Aldgate High Street. Ela está muito bêbada e jogada na calçada.
O policial Robinson pergunta à multidão se alguém a conhecia, ninguém respondeu. Ele então decide levá-la para a delegacia de polícia de Bishopsgate.
12h15: Kate é ouvida cantando baixinho para si mesma na cela. 12h30: Ela liga para perguntar quando será liberada.
12h55: O sargento Byfield libera Kate da prisão e a mesma dá o nome como Mary Ann Kelly e seu endereço como 6 Fashion Street. Ela sai de dentro da delegacia à 1h.
01h35: Catherine Eddowes é vista na esquina da rua Duke Street com a Church Passage, conversando com um homem. Testemunhas descreveram o assassino como um homem como tendo 30 anos, 1,70 metro de altura, pele clara e bigode com uma compleição média.
Logo depois, às 01h45 o policial Edward Watkins descobre o corpo de Catharine Eddowes na Praça Mitre.
O estado do corpo
Dr. Frederick Gordon Brown, cirurgião da polícia de Londres foi chamado no local do assassinato. Ele chegou a Mitre Square por volta das 2h.
O corpo estava deitado de costas, a cabeça voltada para o ombro esquerdo. A perna esquerda estendida em linha com o corpo. O abdômen foi exposto, a perna direita dobrada na coxa e o joelho. A garganta estava cortada.
Os intestinos foram amplamente estendidos e colocados sobre o ombro direito. O rosto estava muito mutilado. Havia um corte de cerca de um quarto de polegada na pálpebra inferior esquerda, dividindo completamente as estruturas do rosto.
A causa da morte foi hemorragia da artéria carótida comum esquerda. A morte foi imediata e as mutilações foram infligidas após a morte.
Segundo o médico legista que realizou a autópsia em Catherine Eddwos acredita que a ferida na garganta foi infligida primeiro e que a vítima deveria estar deitada no chão.
A arma do crime
Os ferimentos no rosto e no abdômen provam que foram infligidos por uma faca afiada e pontuda, e no abdômen por quinze centímetros ou mais.
De acordo com o médico o autor do ato deve ter um conhecimento considerável da posição dos órgãos na cavidade abdominal e da forma de removê-los.
O enterro da vítima e local do sepultamento
Catherine Eddowes foi enterrada na segunda-feira, 8 de outubro de 1888
Kate foi enterrada em uma cova sem identificação em um caixão de olmo no cemitério da cidade de Londres, (Little Ilford) no cemitério de Manor Park, Sebert Road, Forest Gate, Londres, E12, no túmulo (público) 49336, quadrado 318.
Atestado de óbito: nº 258, registrado em 13 de outubro de 1888 (DA 818098). O certificado lista o nome como “Catherine Eddowes”, “Conway”, “Kelly”.
O ínicio da comoção com as vítimas do Jack o Estripador
O funeral de Catherine Eddwos foi acompanhado por uma grande multidão de pessoas se reuniu para testemunhar a partida do cortejo entre o necrotério e o cemitério de Ilford.
Não apenas a via pública estava apinhada de gente, mas as janelas e telhados dos edifícios adjacentes estavam ocupados por grupos de espectadores. Consistia em um carro funerário de descrição aprimorada, uma carruagem de luto, contendo parentes e amigos do falecida e um carro fúnebre com representantes da imprensa.
Vale destacar que eram homens e mulheres de todas as idades, muitos dos quais carregando bebês nos braços, reuniram-se ao redor do túmulo. Os restos mortais foram enterrados na parte do cemitério da Igreja da Inglaterra, o serviço sendo conduzido pelo capelão, o Rev. Sr. Dunscombe.
Dessa maneira os esforços extenuantes e às vezes curiosos foram feitos para identificar e prender o assassino, todos em vão. Um grande alvoroço público pelo fracasso em prender o assassino foi levantado contra o ministro do Interior e o comissário de polícia de Londres, que renunciou seu cargo logo depois.
No final de 1996, as autoridades do cemitério decidiram marcar o túmulo de Kate com uma placa em sua homenagem.
Vitíma 5: Mary Jane Kelly
Em 7 de novembro, após um mês de completo silêncio, Jack o estripador escolheu sua quinta e última vítima, a irlandesa Mary Kelly, uma prostituta ocasional.
Em 1892, sem nenhuma pista adicional nem mais registro de mortes, o caso Jack o Estripador foi arquivado.
A história conta que Mary Jane Kelly nasceu em Limerick, na Irlanda, e depois que sua família se mudou para o País de Gales, onde ela se casou aos dezesseis anos com um homem chamado Davies.
No entanto, ela ficou viúva apenas alguns anos depois, quando seu marido foi morto durante uma explosão de mineração.
Mary Jane Kelly então se mudou para Cardiff, onde ela supostamente caiu no mundo da prostituição e acredita-se que tenha passado algum tempo com um cavalheiro abastado na área de Londres. Nessa época, ela acompanhou o cavalheiro a Paris, embora não gostasse muito da cidade. Ela também adquiriu o nome alternativo de ‘Marie Jeanette’ e supostamente viveu a vida de uma dama.
Diz-se que Mary chegou ao East End de Londres por volta de 1883-1884, primeiro hospedando-se em Breezer’s Hill em St George-in-the-East e, em 1886, em Thrawl Street, Spitalfields.
O dia do crime
Na noite de 8 de novembro de 1888, Mary Jane Kelly foi vista bebendo com Elizabeth Foster no pub Ten Bells. Outro relatório afirmou que Mary foi vista com um homem na Britannia, quando ela parecia estar muito bêbada.
Às 2 horas da manhã de 9 de novembro, uma testemunha que conhecia Mary, a encontrou na Commercial Street, disse que a viu sendo abordada por um homem extraordinariamente bem vestido, logo na entrada da Thrawl Street, que colocou a mão em seu ombro antes que os dois caíssem na gargalhada.
Ainda espreitando nas sombras a testemunha seguiu o casal pela Commercial Street até a Dorset Street e observou do lado oposto de Miller’s Court enquanto eles entravam no quarto de Mary. Ele permaneceu do lado de fora, observando, por aproximadamente 45 minutos, mas como não viu ninguém sair, ele foi procurar alojamento.
Aproximadamente às 4 da manhã, menos de duas horas depois, dois moradores de Miller’s Court ouviram o grito de “Assassinato!” mas optaram por ignorá-lo, pois gritos dessa natureza eram bastante comuns na Dorset Street.
Na manhã seguinte, em 9 de novembro de 1888, o proprietário John McCarthy enviou seu assistente, Thomas Bowyer, para o quarto 13 às 11h45 para cobrar os aluguéis atrasados de Mary. Ele bateu na porta do quarto de Mary, mas não recebendo resposta, decidiu ir até as janelas.
Percebendo o vidro quebrado, ele então colocou a mão dentro para puxar a cortina. Espiando na escuridão do quarto, Bowyer viu o corpo de Mary Jane Kelly deitado na cama nas condições mais terríveis, literalmente rasgado e cortado em pedaços.
O estado do corpo da Vítima
“Toda a superfície do abdômen e das coxas foi removida e a cavidade abdominal esvaziada de suas vísceras. Os seios foram cortados, os braços mutilados por várias feridas irregulares e o rosto cortado além do reconhecimento das feições. Os tecidos do pescoço foram cortados até o osso.
As vísceras foram encontradas em várias partes, a saber: o útero e os rins com uma mama sob a cabeça, a outra mama no pé direito, o fígado entre os pés, os intestinos do lado direito e o baço do lado esquerdo do corpo. . Os retalhos retirados do abdome e das coxas estavam sobre uma mesa… O pericárdio estava aberto embaixo e o coração ausente.”
A arma do crime
Uma série de lesões abdominais, cortes na garganta e no rosto, em todos esses ferimentos, o legista acredita terem sido feitas com o mesmo instrumento – uma faca de lâmina forte.
O enterro da vítima
Mary Jane Kelly foi enterrada às 14h. Segunda-feira, 19 de novembro de 1888. Ela foi sepultada no Cemitério Católico Romano de São Patrício em Leytonstone em um serviço oficiado pelo Reverendo Padre Columban.[146]
Nenhum membro da família pôde ser localizado para comparecer ao seu funeral, e tanto Joseph Barnett quanto seu senhorio, John McCarthy, insistiram que seus restos mortais fossem enterrados de acordo com os rituais católicos
Detalhes sobre o crime e a ultima vítima de Jack o estripador
Mary Jane Kelly foi amplamente considerada a última das cinco vítimas canônicas de Jack, o Estripador, e em grande parte devido à natureza brutalmente horrível de seu assassinato, ela sem dúvida se tornou a vítima mais famosa de todas.
Vale destacar que de todas as vítimas de Jack o estripador, exceto uma, foram mortas enquanto procuravam clientes na rua.
Em cada caso, a garganta da vítima foi cortada e o corpo geralmente mutilado de forma a indicar que o assassino tinha pelo menos algum conhecimento da anatomia humana. Em uma ocasião, metade de um rim humano, que pode ter sido extraído de uma vítima de assassinato, foi enviado para a polícia.
De todos os cadáveres de suas vítimas, o de Kelly é o que estava mais espantosamente mutilado. Talvez por ele ter tido mais tempo sem correr o risco de encontrar com alguma testemunha.
Dessa forma, o assassinato de Mary Jane Kelly foi único porque foram tiradas fotografias da cena do crime; este foi o único assassinato do Estripador em que o longo processo de fotografia – como existia na época – era prático. As duas imagens que sobrevivem até hoje (se de fato houveram mais) são um testemunho da carnificina que médicos e policiais enfrentaram ao forçar a entrada na sala mais tarde naquele dia.
Passeio turístico sobre o Jack Estripador
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